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TURBULÊNCIAS INTRAPARTIDÁRIAS
 
A política partidária nacional está em polvorosas e se fizermos uma breve correlação entre o fenômeno natural conhecido como redemoinho e as relações intrapartidárias causadas pelos efeitos do momento político-partidário atípico que nosso país está atravessando, será fácil chegar a uma conclusão de que eles são muito semelhantes.

O redemoinho, por sua vez, nada mais é que o cruzamento de ondas ou ventos contrários que atinge uma determinada temperatura e esse ar, após sofrer rápida elevação, sobe em forma de espiral e cria um minicentro de baixa pressão. Em seguida, devido ao princípio da conservação do momento angular, esse redemoinho ganha velocidade e acaba levantando a poeira do solo, fazendo com que um funil de `sujeira` seja visível. Ele pode apresentar desde alguns centímetros até muitos metros de altura.

Comparando essa dinâmica natural com o momento de turbulências intrapartidárias que o Brasil está vivendo, é possível perceber que o “funil de sujeira” encrostado nas entranhas das relações internas da política partidária nacional em geral já está muito visível e eivado de contaminações.

Em alguns momentos de sua composição o redemoinho é confundido com um tornado que é um furação de regiões subtropicais, predominantemente do Golfo do México, mas se compararmos essa confusão visual envolvendo esses dois fenômenos naturais com os altos e baixos ocorridos no âmbito da política partidária nacional nesses últimos tempos, veremos que o efeito socioeconômico a ser sentido em curto prazo no bolso do cidadão, também apresentará tais características.

Seus reflexos tendem a parecer com o que está para acontecer com a nossa economia, assim que os planos econômicos que estão nas mãos do novo governo forem colocados em prática.

Se esses planos econômicos forem implantados na sua plenitude, visando ao atendimento das necessidades dos partidos que apoiam o governo do presidente interino, uma vez que o “ex-vice” está querendo mostrar serviço para o povo e ao mesmo tempo se preparar para encarar as próximas eleições, eles se assemelharão aos estragos causados à natureza em geral após a passagem de um tornado.

Percebe-se que entre a saída de um momento repleto de “sins” e de “nãos” ao processo de impeachment e a inevitável aproximação da fase final dessa maratona jurídico-politica, o clima de cordialidade e cooperação entre os partidos de direita e de esquerda não é bom e a continuar da forma como está viveremos nos próximos meses um ambiente político muito tenso, cheio de turbulências e de inesperadas revelações.

Desta forma, comparar as futuras atitudes dos partidos de direita e de esquerda, adicionadas a tudo isso que está acontecendo dentro do mundo da política partidária nacional, com os efeitos naturais de um redemoinho ou de um tornado, não será um fato estranho, apenas uma simples coincidência.
Germano Correia da Silva
Enviado por Germano Correia da Silva em 16/05/2016
Alterado em 16/05/2016

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