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LUTA INCOMUM DE UM POVO


Quem canta seus males espanta
Nos conta um velho ditado
E quem bem cedo se levanta
Por Deus é sempre ajudado

Protestando mui animado
O povo propôs mudanças
Mas pouco tem conquistado
Com essas suas andanças

Um fato assaz relevante
Na base presidencial
Tiraria sua representante
Fosse por bem ou por mal

O povo foi para a avenida
Embalando a sua toada
E forçaram a sua saída
E ela não pôde fazer nada

Um impeachment foi aceito
E segue seu curso normal
Mas a política e o direito
Vivem num inferno astral

A política age de um jeito
A justiça não tem guarida
E sem um consenso perfeito
A lide segue aguerrida

Por meio de altos e baixos
O pleito vai caminhando
E em meio a rios e riachos
O povaréu segue apoiando

Um tal governo provisório
Assumiu o posto central
E num gesto meio inglório
Deu seu retoque final

Era vice e esteve junto
Mas agora está separado
E também foge do assunto
Quando lhe é direcionado

Ele está feliz no posto
Ela aguarda uma sentença
Mas nesse final de agosto
Tomara que o povo vença

O pleito dividiu a massa
De uma forma inesperada
E quanto mais o tempo passa
Mais a lide fica emperrada

Há grupos opostos lutando
Por vezes, incessantemente
E ainda há alguns pleiteando
A reassunção da presidente

Uma parte vê o interino
Como "persona non grata"
Outra o considera um ferino
De paletó e gravata

Com culpados e inocentes
Segue a contenda política
E vale a regra do presente
Mesmo que ela seja atípica

Os corruptos e corruptores
Mesclam-se nesta disputa
E numa inversão de valores
Acabam acirrando a luta

Ela está perdendo o jogo
Ele está quase a caminho
O povo que assinou a rogo
Mais uma vez está sozinho
Germano Correia da Silva
Enviado por Germano Correia da Silva em 12/08/2016
Alterado em 17/08/2016

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