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NÃO SE DISPERSE, MEU POVO!
 
 
Ultimamente, visando ao combate do coronavírus, dois tipos de distanciamentos sociais que podem ser adotados diante de uma pandemia, como essa da Covid-19, tem dividido as opiniões de alguns brasileiros.

De um lado, está o isolamento horizontal, defendido por profissionais de saúde, pela comunidade científica mundial e pela maioria dos governadores, que prevê o confinamento da maior parte das pessoas, independentemente de pertencerem a grupos de risco ou não, mantendo-se somente serviços essenciais em funcionamento (os não considerados essenciais como comércio, escolas, bares, cinemas , teatros e casas de espetáculo, permanecerão fechados).

Na outra ponta do problema está o isolamento vertical, que é o modelo defendido pelo nosso presidente da República e por alguns empresários brasileiros, isolamento este que prevê apenas o distanciamento social de idosos, pessoas com doenças cardíacas e respiratórias, asmáticos, fumantes e diabéticos, entre outros grupos de risco. Este último tipo de isolamento falhou em locais/países que o adotaram, no início, como única forma de conter o avanço do coronavírus.

Na tentativa de minimizar a ocorrência de problemas mais sérios num futuro não muito distante, não seria nenhum acinte se pedirmos ao senhor presidente da República, que nos mostre algo diferente, porém eficaz, que possa combater a propagação em massa do coronavírus que não esteja atrelado aos isolamentos sociais em evidência.

Primeiramente, como já foi mencionado acima, há o isolamento horizontal, que tem sido o mais recomendado pela OMS e que está sendo feito pelo Ministério da Saúde nacional, e depois o isolamento social vertical,  o qual se mostrou ineficaz quando do seu uso noutras partes do mundo, mas que é exatamente esse o que vossa excelência acredita seja o mais eficaz para a nossa realidade.


O seu ex-Ministro da Saúde, aquele que vossa excelência não o apoiava por razões que até agora não ficaram claras, recomendava que este tipo de isolamento social, ou seja,  o horizontal fosse empregado nos lugares onde houvesse a possibilidade de aglomerações de pessoas e, de forma precária, ele ainda o tem sido feito..

Há também, o isolamento vertical, que é aquele que coloca cada cidadão em particular cuidando dos seus idosos e das pessoas mais vulneráveis, dentro das suas casas, isolamento social esse que o senhor presidente da República tem dado a entender ser o mais viável e que tenderia a não prejudicar o bom andamento da economia do país como um todo.

Enquanto isso, quem não pertencer a esses grupos de risco, terá de se cuidar da forma que Deus permitir a cada um, indo trabalhar todos os dias, viajando horas e horas dentro de ônibus, trens urbanos, metrô, a pé etc., tendo de comparecer todos os dias nas empresas cujos patrões estão à espera de seus "colaboradores" há já bastante tempo.

A pergunta que não quer calar é:

Senhor presidente, após a chegada desse novo Ministro da Saúde, será que vossa excelência disporia de alguma alternativa eficaz, diferente desses dois tipos de isolamentos em atividade, que esteja guardada na sua cartola, para que possa ser usada como um Plano B?

A grande maioria dos brasileiros já está tomando conhecimento, a duras penas, evidentemente, que não se trata de uma simples gripe, como vossa excelência desdenhou no início dessa pandemia. Pelo que se vê, a situação é muito séria, com tendência para um agravamento ainda maior e não dá para nenhum brasileiro, por mais otimista que ele seja, já ir se acostumando com ela. É claro que não, senhor presidente.


Essa pandemia tem sido muito cruel por onde ela tem passado e é justamente por causa disso que não podemos nos dispersar, ignorando as recomendações que são dadas nos mostrando as maneiras corretas de como fazer a higiene do corpo, dos objetos, dos ambientes e principalmente das mãos.

Outrossim, não podemos nos descuidar em nenhum momento, deixando de atender as orientações dadas para que usemos máscaras, assim que sairmos de casa e/ou para que cumpramos rigorosamento o isolamento social.

Se assim o procedermos, é possível que, em breve, todos nós saiamos dessa agonia, com algumas baixas, evidentemente, mas é um fato que tem sido inevitável ao final das grandes guerras que foram enfrentadas pelo ser humano, ao longo de sua história.
Germano Correia da Silva
Enviado por Germano Correia da Silva em 06/05/2020

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